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Qual a idade certa para dar um smartphone para as crianças?

dar um smartphone para criança

Vocês se lembram da época que uma das coisas que a gente mais queria era uma bicicleta? Eu lembro da minha primeira bicicleta, andei na da minha irmã também e finalmente eu ganhei a minha bicicleta de 18 marchas! Era o meu auge! Hoje, mais da metade das crianças, entre 0 e 12 anos, já pediram um celular, segundo pesquisa realizada pela Mobile Time. Mas qual a idade certa para dar um smartphone para a criança?

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O smartphone, é a chave para o acesso irrestrito à internet e ele até pode ter muitos benefícios, contudo, muitos perigos vem com ele. Ao dirigir um carro,há diretrizes legais que determinam a maneira correta de fazer isso e ainda, tem uma idade mínima indicada, entretanto, quando falamos de acesso irrestrito à um mundo de coisas, temos que ponderar se realmente nossos filhos podem ter um celular só para uso deles.

Esse é um tema que está sendo cada vez mais debatido, e à medida que as outras crianças recebem celulares – em uma idade cada vez mais nova – nossos filhos tendem a fazer “pressão” para se enquadrarem na turma.

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Em uma pesquisa realizada pela Influence Central em 2012, os dados apontam que as crianças estão recebendo seus primeiros smartphones em torno dos 10 anos de idade.

A tendência é que essa idade diminua e que cada vez as crianças recebam o celular mais novas, uma vez que os pais estão cansados é fácil entregar o celular para seus filhos, diz o presidente-executivo da Influence Central.

James P. Steyer, diretor executivo da Common Sense Media, uma organização sem fins lucrativos que analisa conteúdo e produtos para famílias, tem uma regra específica para sua família: seus filhos irão receber um smartphone apenas quando começam o ensino fundamental – depois de terem aprendido que o controle é restrito e também o valor da comunicação olho no olho.

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A idade certa para dar um smartphone para criança não é tão importante quanto a sua própria responsabilidade ou nível de maturidade

Contudo, quando mais tempo você conseguir manter seu filho longe de possuir um aparelho celular só dele, melhor. Especialistas apontam que no mínimo 12 anos, outros já dizem ser melhor a partir dos 14 anos. Isso porque o aparelho eletrônico pode causar distrações viciantes e que prejudicam as atividades escolares, além de expor a criança à problemas como conteúdos eróticos, pornografia e pedófilos.

Dados estatísticos com relação do uso dos smartphones por crianças

estatisticas de celulares para crianças

A autora do livro “The Boogeyman Exists: And He’s in Your Child’s Back Pocket”, (O monstro existe e ele está no bolso de trás do seu filho” – ainda não disponível em português diz que entrevistou cerca de 70 mil crianças em 18 meses e descobriu que, em média, o sexo começou no quinto ano. O consumo de pornografia começou quando as crianças completaram 8 anos e o vício da pornografia começou por volta dos 11 anos.

A Common Sense Media entrevistou 1.240 pais e filhos e descobriu que 50% das crianças admitiram que eram viciadas em seus smartphones. Também descobriu que 66% dos pais sentiram que seus filhos usavam dispositivos móveis demais e 52%¨das crianças concordavam. Cerca de 36% dos pais disseram que discutiram com seus filhos diariamente sobre o uso do dispositivo.

Há ainda a questão biológica para considerar. O córtex pré-frontal, uma parte do cérebro que controla o impulso, acaba de se desenvolver por volta dos 20 anos. Em outras palavras, os pais não devem se surpreender se as crianças mais pequenas, que tem acesso aos smartphones não tiverem controle de impulso.

 

Prós e contras de dar um smartphone para criança

dar um smartphone para criança

Os celulares também trazem benefícios. Com os dispositivos, as crianças ganham acesso a aplicativos poderosos, incluindo ferramentas de educação para estudar, aplicativos de bate-papo para conexão com amigos e a riqueza de informações na web.

Os contras de se dar um smartphone para uma criança é que eles também estão um passo mais perto de jogos que irão distraí-los, aplicativos de conteúdo ilícitos e aplicativos de redes sociais, onde intimidantes online estão a pouca distância.

Mas todos nós sabemos que eles tem acesso fácil a vários eletrônicos, mesmo quando não é seu próprio aparelho de celular. Eles tem acesso ao notebook, pc ou tablet, mesmo que seja comunitário. A principal diferença com um smartphone é que é com uma criança em todos os lugares, incluindo fora da supervisão dos pais.

É preciso ensinar a responsabilidade antes de dar um smartphone para criança

quando dar um smartphone para criança

Em última análise, os pais são as pessoas que determinarão quando seu filho realmente precisa de um smartphone. Quando chegar esse momento, existem abordagens para testar antes de realmente entregar um para seu filho.

Uma opção popular é iniciar a criança com dispositivos móveis apagados, como telefones de recursos que só podem enviar mensagens de texto ou fazer chamadas telefônicas e avaliar se eles podem usar esses dispositivos de forma responsável.

Outra ideia é redigir um contrato e estabelecer regras que devem ser seguidas à risca, a criança deve assinar antes de receber o seu smartphone. Entre as regras você pode listar nunca tirar nudes, nunca tentar encontrar estranhos que conheceu na internet entre outras. Além disso, deve estar escrito também que haverá consequencias caso as regras sejam infrigidas. O fato da criança assinar o papel demonstra que ela é consciente, concorda e é responsável pelo que está escrito.

Estabelecer regras com relação ao uso do aparelho também pode ser bem interessante, como: não utilizar o aparelho depois de determinada hora, não mexer no celular enquanto estão na mesa de jantar e sem telefones em sala de aula.

Se seu filho infringir as regras, é necessário cumprir as consequências previamente combinadas.

Controle dos pais

combinados para utilizar o celular c

Existem algumas configurações nos telefones que podem ajudar a manter as crianças seguras quando recebem smartphones.

Para iPhones, a Apple oferece uma central telefônica cheia de recursos que os pais podem ativar ou desativar, incluindo a capacidade de restringir o navegador Safari de ter acesso a conteúdo adulto e a capacidade de impedir que aplicativos usem dados celulares. Esse tipo de controle para os pais no iPhone estão dentro do aplicativo Configurações > Restrições.

Os telefones Android não possuem configurações para controle dos pais similares, embora existam muitos aplicativos na loja de aplicativos do Google Play que permitem aos pais adicionar restrições.

Existe um aplicativo chamado Qustodio, que permite aos pais monitorar as mensagens de texto de seus filhos, desativar aplicativos em determinados horários do dia ou mesmo desligar um smartphone remotamente.

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Texto traduzido e adaptado do The New York Times

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