Criatividade é uma habilidade essencial para o desenvolvimento das crianças, especialmente nos primeiros anos…
A desestruturação da família moderna
Eu tenho pensado em falar sobre isso já algum tempo. Para falar a verdade, certas notícias na mídia me incomodam um pouco, visto que muitos famosos são “modelos” para a maioria. A desestruturação da família é uma consequência da modernidade. Antigamente, a mulher era criada para constituir família e administrar seu lar. A infelicidade dessa época é que muitas mulheres eram maltratadas psicologicamente e fisicamente.
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A modernidade trouxe para as mulheres liberdade, muitos direitos e consequentemente certa segurança. Elas começaram a aproveitar desses direitos, como a possibilidade de trabalhar fora. Antes suas profissões era mais daqueles de atendimento caseiro: como fazer pães, bordar, costurar e cabeleireira, por exemplo. Depois dessa fase, começaram a entrar nas escolas para lecionar, cursar o magistério e se tornarem cada vez mais instruídas.
Chegou ao ponto de as mulheres postergarem sua gestação para próximo dos 40, pois sua vida trata-se de dedicar-se ao trabalho. A maternidade já não era a sua principal função. E isso abriu uma grande lacuna na família.
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Divórcios
A taxa de divórcios no Brasil teve queda de 3,5% de 2015 comparado 2013. Contudo isso não é uma notícia boa. A desestruturação da família já começa aí, pois, infelizmente a maioria dos casais, não querem casar. Eles “juntas as escovas de dentes” e está tudo certo. Cerca de 47% dos casais com filhos menores de idade se separam! A gente sabe que não é fácil criar filhos, não é mesmo!? Fonte: Uol
Segundo o site Família: “Pessoas cujos pais se divorciaram são ligeiramente menos propensos a casarem-se e muito mais propensos a divorciarem-se quando casam. De acordo com o estudo, as chances de divórcio praticamente triplicam quando um dos cônjuges vem de lares nos quais os pais são divorciados”. Eu sou filha de pais separados, meu marido não. Eu sei como é ter uma lar onde há a desestruturação da família, as brigas, a separação, mudança, etc. Meu marido não! Meu sogro sempre foi muito tranquilo e minha sogra sempre brigou sozinha. Entretanto, nosso lar precisa ter uma base fundamentada, porque os ventos sopram e é preciso que a base seja sólida para que a casa não caia com o vendaval.
O tema da redação do Enem, em 2003, foi “A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?”, grande parte dos adolescentes apontaram como as principais causas da violência no país sendo a desigualdade social, a desestruturação da família e a falta de escolaridade. Mais interessante é que são adolescentes de quase uma década atrás respondendo isso. Infelizmente existe a possibilidade de que alguns desses adolescentes da redação do ENEM são os que se divorciaram em 2013-2015.
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Produção independente
A produção independente acontece quando não há estrutura familiar fundamentada. No caso da atriz Karina Bacchi, confesso que fiquei com pulga atrás da orelha quando ela anunciou sua gravidez independente. Fiquei pensando e se essa moda pega? Mas daí lembrei do craque do tapete verde, Cristiano Ronaldo. Ele pagou barriga de aluguel para ter seu primeiro filho e agora especula-se que ele é pai novamente de um casal de gêmeos.
E se essa moda pega? O que vai ser da sociedade do futuro? Sem estrutura familiar? Onde estarão os valores? Quem irá repassá-los? A ética? A moral? A empatia?
Acredito que os filhos deles terão muito amor e carinho. Sim, eu espero que isso seja uma realidade na vida deles. Porque famosos eles já são. Dinheiro eles já têm. TUDO o que essas crianças precisam é de amor, carinho e atenção.
A estrutura da sociedade é a família
Infelizmente é um grande mal que a sociedade moderna está vivenciando. Parece um caminho sem volta e que não tem como apertar o freio para parar! A família é a base da sociedade. Você já viu uma casa ficar em pé sem fundamento? Eu nunca! Da mesma maneira será a sociedade se as famílias se extinguirem.
Se me perguntarem: Vale a pena lutar pelo casamento? Salvo as exceções de violência familiar, eu diria que sim! Existe uma fórmula mágica para “consertar” um casamento? Eu diria que não! Não somos robôs e não temos manual de instruções. O que pode dar certo para mim, pode não ser compatível com a sua realidade.
Vale a pena manter um casamento infeliz? Depende! Não basta viver no marasmo. Mas se você está olhando apenas para o seu umbigo e só quer a sua felicidade é bem provável que do outro lado tenha alguém com um coração sangrando. Cadê a empatia?
A família é o melhor e mais potente canal para dissipar valores morais, éticos, transmitir compreensão e amor. Nenhuma família é perfeita. Mas mesmo com os desentendimentos, os filhos podem aprender que existe a reconciliação e que não é uma gota d’agua que irá transbordar o copo. Mesmo se transbordar, é possível pegar um pano e secar a bagunça.
O impacto da desestruturação da família
As crianças estão crescendo em lares vazios. Lares onde os pais estão cansados e estressados, porque trabalham o dia inteiro fora. Hoje nem precisam mais ligar a TV, basta rolar o dedo no celular para entrar em seus mundos. O abismo entre os membros da família aumenta a cada dia que passa. A desestruturação da família vem de mansinho que às vezes você nem percebe. Pais reclamam que não tem paciência com os filhos ou que eles são extremamente agitados, enquanto na verdade, muita dessa inquietação é falta de atenção e compreensão.
Lares vazios e sem amor, apenas com a conexão wi-fi disponível. Isto está criando crianças e adolescentes frustrados e violentos. Imersos em jogos como o da Baleia Azul, onde buscam um motivo para sentirem-se valorizados pelas suas conquistas. Filhos pulando etapas, se envolvendo com pessoas nada legais onde são apresentadas para as drogas e sexo.
Por outro lado, existem os pais que estão inseguros estão criando filhos inseguros. Pais que não sabem até que ponto podem dar limites ou como fazê-lo. Pais que resolvem se impor somente na adolescência, enquanto a criança na infância fazia o que bem entendia.
Como resolver essa desestruturação familiar?
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Parece realmente que é uma bola de neve que vai se tornar uma avalanche. Mas existem meios de frear esse movimento. Não é uma coisa que vai acontecer do dia para a noite. Contudo é algo que pode fazer total diferença e não permita que a desestruturação da família alcance seu lar. Seja você uma guerreira!
- Fundamentar-se na fé – é importante que a criança tenha o hábito de frequentar uma igreja. Por mais desavenças que você já possa ter tido com ela. A instituição igreja não está falida. Encontre uma que você se sinta bem e tenha valores que você concorda em boa parte (nenhuma vai ser perfeita!) A Bíblia tem princípios e valores que perduram há mais de 2 mil anos. Ela ensina as mais variadas coisas, inclusive educação de filhos!
- Não desista do seu casamento – ao contrário do que muitos falam, seu casamento ainda tem salvação. Seu marido pode ter todos os defeitos do mundo, lembre-se que você também não é perfeita! Recomendo a leitura do livro: Desafio de Amar! Pratique os exercícios que ele propõe, pode ser o início para acender a chama novamente do seu casamento. Outro detalhe: Para Deus nada é impossível, mesmo que aos nossos olhos seja!
- Procure ajuda profissional: Em muitos casos a terapia familiar poderá lhe auxiliar. Novamente, não espere milagres ou grandes resultados logo de início. Muitas vezes você vai começar sozinha toda essa mudança. Não desista na primeira dificuldade, e nem na décima! Sua família merece todo cuidado do mundo. Sem ela, a vida não tem significado!
- Eleja prioridades: Muitas vezes você vai ter que abrir mão de alguma situação e/ou compromisso para estar com sua família. Dedicar-se aos filhos e ao marido é fundamental nessa estratégia de fazer dar certo. Se a sua família é o motivo que tem feito você levantar cedo, trabalhar, fazer um curso e etc, ótimo! Compense em amor e não com brinquedos. Faça cabaninhas na sala, convide eles para dormirem no seu quarto, saia para tomar sorvete. Converse e tenha tempo de qualidade com cada um deles – individualmente e coletivamente.
Sou uma mulher que acredita em Deus desde criança. Sempre sonhei em casar e ter filhos. Sou esposa e mãe, apaixonada por leitura e culinária. Founder do Mamãe & Cia.
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