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Maternidade ideal X Maternidade real

maternidade ideal X maternidade real

A história acontece mais ou menos assim: você descobre que está grávida e imediatamente é tomada por um turbilhão de sentimentos e planos. Começa a imaginar mil coisas, pensar no futuro distante, e naquele não tão distante assim. De repente, o seu mundo se transforma, você só vê bebês e gestantes em todo lugar, sua rotina é dormir e acordar pensando no bebê que você nem conhece, mas já mudou a sua vida de uma forma indescritível.

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Com o passar do tempo, além das mudanças fisiológicas, inicia-se aquela fase deliciosa, em que sentimos os primeiros movimentos. A essa altura sabemos o nome, provavelmente recebemos muitos presentes e começamos a preparar nossa casa para a chegada do bebê.

Surgem então os dilemas: planejar o parto, ir em busca de um profissional e hospital adequado. A gestação vai chegando ao fim, é hora de preparar o enxoval, o chá de bebê, curtir os momentos antes do nascimento, montar o quarto.

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Chega o grande dia e você está feliz, se sentindo a mulher mais sensacional do mundo e dará tudo certo porque você se preparou muito para tudo isso, certo?

Ops, de repente, algo acontece, e você percebe que aquele parto lindo idealizado talvez não aconteça exatamente como planejou. E após o nascimento, você nota que a maternidade é linda e apaixonante, mas muito assustadora em alguns momentos. E ai você se questiona: Como eu posso estar sentindo tudo isso se eu me preparei tanto?

Estamos partindo do princípio de que durante a gestação praticamente tudo ocorreu da forma “ideal” até o momento do parto. Mas aí vem o dia a dia, os desafios, o tal puerpério, e nos traz sensações até então desconhecidas na maternidade, como o medo e a culpa. Na teoria você sabia de tudo, mas na prática as coisas parecem bem diferentes.

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Então surgem novos pensamentos: “Cadê aquela maternidade linda e maravilhosa que a amiga postou?”, “Se eu falar isso pra alguém, vão achar que não estou gostando de ser mãe?”. A maternidade é colocada muitas vezes de forma romantizada. No dia a dia, no entanto, surgem muitos desafios e é justamente pela maneira como ela é “imposta” que as pessoas se sentem culpadas por admitir que existe sim outro lado.

Nos preparamos tanto para algumas coisas e tão pouco para as mudanças e desafios que teremos após o nascimento do bebê. Criamos expectativas, idealizamos momentos que infelizmente não acontecem ou ocorrem de forma diferente. Isto faz parte e também é possível passar por estes momentos de maneira leve e feliz.

Passar por todas as transformações físicas e emocionais é maravilhoso, mas não para todas as mulheres. Frequentemente nos sentimos perdidas e sem saber para onde correr. E nem por isso, a maternidade deixa de ser linda. Apenas passamos a aceitar suas dores e delícias.

Temos o dever de falar sobre esse lado, de informar outras mães, para que quando passarem por isso, saibam que não estão sós e que tudo são fases, umas melhores, outras piores, mas todas passam. E essa rede de apoio faz toda diferença. Por isso, apoie, acolha, seja empático, não julgue, colabore, seja gentil.

 

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Texto de Ana Paula Petry – Psicóloga e coach de mães

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