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Fissura labiopalatina: conheça cinco mitos!
A fissura labial, também conhecida como lábio leporino, é uma abertura no lábio superior. Já a fenda palatina é uma abertura no palato (céu da boca). Apesar dos avanços da medicina, as causas destas malformações ainda não são totalmente conhecidas e, por isso, geram muitas dúvidas.
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Estima-se que, em todo o mundo, uma criança nasce a cada 3 minutos com fissura, sendo que no Brasil estima-se um registro da malformação a cada 650 nascimentos, em média.
“Sabe-se que a fissura labiopalatina ocorre durante o período de formação da face do feto, mais ou menos entre a 4ª e a 10ª semanas de gestação, quando os elementos formadores do lábio e palato, originários das porções laterais e superior da face se unem na linha média, formando a face. Alterações neste processo de formação determinam a não-união adequada e o aparecimento das fissuras”,explica o Dr. Diógenes Laercio Rocha, cirurgião plástico e voluntário da Operação Sorriso, uma das maiores organizações médicas voluntárias do mundo que até maio de 2019 contabilizava 5.576 cirurgias para correção de lábio leporino e fenda palatina realizadas no Brasil.
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Desvendando os mitos sobre lábio leporino e fenda palatina
1- A fissura não tem cura
O tratamento e correção da fissura labiopalatina não se restringem apenas ao procedimento cirúrgico mas envolvem também dentistas e fonoaudiólogos. Nos casos de malformação no lábio, a melhor idade para se operar um paciente é a partir dos 3 meses de vida. Neste período, a criança já tem mais peso, permitindo uma anestesia mais segura, as estruturas do lábio e nariz estão mais desenvolvidas facilitando melhor resultado estético, bem como os ossos da face estão mais fortes contribuindo para menor comprometimento do crescimento da face no futuro.
Além desses fatores, logo após o nascimento, as fissuras labiais são mais amplas, portanto mais difíceis de fechar, exigindo mais descolamentos e incisões para unir os lados, causando mais cicatrizes e fibroses que podem ocasionar comprometimento do crescimento da face a longo prazo.
Quanto ao palato, a melhor idade deve ser antes da criança articular as palavras de forma completa, por volta dos 12 a 18 meses, dependendo do tipo e do tamanho da fissura.
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2- A pessoa que nasce com fissura nunca vai ter uma vida normal
Em alguns casos, apenas a cirurgia resolve o problema do paciente. Pode haver uma pequena dificuldade inicial para o aleitamento nas fissuras do palato antes da cirurgia, ou ainda a necessidade de tratamento complementar fonoaudiológico (para corrigir a fala errada e a voz anasalada, principalmente no caso de fenda palatina) e odontológico (para corrigir o posicionamento dos dentes). Mas uma vez que esses tratamentos são realizados, o paciente pode ter uma vida normal.
3- A cirurgia é demorada e complexa
O procedimento cirúrgico para corrigir a fissura labial e a deformidade do nariz leva cerca de 2 horas, assim como a fenda no palato, dependendo da complexidade do caso. É recomendado que, tanto a cirurgia, como os demais tratamentos, sejam realizados com profissionais especializados.
4- É uma malformação rara
Qualquer casal tem risco de ter um filho com fissura labiopalatina ou qualquer outra malformação. Estudo conduzido pelo Departamento de Genética da Universidade de Emory, em Atlanta (EUA), aponta que o risco de qualquer malformação congênita em pais jovens e não consanguíneos é de 3 a 4%, ou seja, de cada 100 crianças nascidas, de 3 a 4 podem ter algum tipo de malformação. A fissura labiopalatina é a malformação mais comum da face.
5- A causa é só genética
Não. Atualmente, alguns estudos admitem a hipótese que vários fatores podem provocar o nascimento de bebês com fissuras, ou seja, as causas são multifatoriais. Os mais comuns são os chamados fatores ambientais, que envolvem a relação entre mãe e feto. Entre eles, pode-se citar algumas causas maternas (diabetes e hipotireoidismo, por exemplo), viroses (como rubéola ou toxoplasmose), deficiências nutricionais (deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico), uso de certos medicamentos (anticonvulsivantes, altas doses de aspirina, corticosteroides, imunossupressores), ou ainda fumar, usar drogas ou bebidas alcoólicas principalmente no primeiro trimestre da gestação.
Há também o componente genético cuja porcentagem de incidência não está bem estabelecida em famílias sem fissura, sendo maior em caso de portadores de síndromes associadas. É sabido que existe a alteração de genes, que podem se manifestar sem previsibilidade e causar a fissura, mas ainda não se sabe exatamente quais em sua totalidade.
Como o tratamento geralmente não se restringe apenas ao fechamento cirúrgico da fenda, demandando acompanhamento constante do cirurgião plástico, fonoaudiólogo, ortodontista e demais profissionais, aconselha-se que seja feito na mesma região em que o paciente mora. É aí que surge a importância da atuação da Operação Sorriso.
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“Há, no Brasil, 28 centros de tratamento para fissurados, mas infelizmente não é a quantidade necessária para o número de pacientes. Muitos deles também estão concentrados no sul e sudeste do país, por isso focamos nossos mutirões de cirurgias gratuitas principalmente no norte e nordeste, de modo a atender a demanda”, explica Charles Rosenburst, diretor executivo da Operação Sorriso.
Sou uma mulher que acredita em Deus desde criança. Sempre sonhei em casar e ter filhos. Sou esposa e mãe, apaixonada por leitura e culinária. Founder do Mamãe & Cia.
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