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Bexiga caída: O que é e como tratar?

Em conversas com amigas e pessoas conhecidas percebi que esse é um dos grandes temores das mulheres: ficar com a bexiga caída. Essa doença também é conhecida como prolapso da bexiga e cistocele, e para esclarecer as principais dúvidas das mulheres com relação a esse assunto, entrevistei o médico urologista Raphael Lahr. Confira:
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O que é a bexiga caída?
Raphael Lahr – É um distúrbio provocado pela perda de sustentação não só da bexiga urinária, mas também de outros órgãos, como uretra, útero, intestino, reto e segmentos vaginais. O problema surge por causa da fragilidade dos músculos que constituem o assoalho pélvico.
Vale comentar que as mulheres são mais suscetíveis à ocorrência de prolapsos. Isso porque, elas têm dois hiatos centrais entre os orifícios da uretra, da vagina e do ânus. Eles geram uma falha na musculatura elevadora do ânus e na coccígea. Assim, a descida dos órgãos naturalmente suspensos na cavidade pélvica fica facilitada.
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O prolapso vaginal possui uma prevalência alta e não escolhe idade. Ele pode aparecer em todas as faixas etárias, mas as mulheres a partir dos 60 anos correm um risco maior de desenvolvimento.
Quais são as causas prováveis da cistocele?
Raphael Lahr – As principais causas são relacionadas à gravidez e partos múltiplos. Essas situações deixam os músculos do assoalho pélvico mais flácidos e delgados. Outras possíveis causas são a obesidade, o envelhecimento, as alterações hormonais e certas doenças musculares, neurológicas e genéticas.
Mito ou verdade que quem teve parto normal vai ter bexiga caída?
Raphael Lahr – Não é “obrigatoriedade”. Porém, vale explicar que a passagem do bebê provoca rupturas nos músculos que sustentam os órgãos na cavidade pélvica, portanto, quem passou por partos têm mais riscos de desenvolver o problema.
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Quais os sinais de que uma mulher tem um prolapso da bexiga?
Raphael Lahr – Logo que surge, o prolapso genital costuma não provocar sintomas. Mas, conforme evolui, tende a gerar sensações de peso e dor no baixo ventre, além de abaulamento na cavidade vaginal.
Já o prolapso de bexiga leva a um comprometimento miccional, que inclui perda involuntária da urina e até impossibilidade de urinar. Já em relação ao controle fecal, costumeiramente, as reclamações abrangem desde obstipação intestinal até crises de diarreia e sensação frequente de uma falsa necessidade de ir ao banheiro.
Como é feito o diagnóstico?
Raphael Lahr – Ele é baseado na história da paciente e em um exame clínico na posição ginecológica e em pé. Outros exames sofisticados de imagem só costumam ser necessários em casos que, mesmo depois do tratamento cirúrgico, há reincidência.
Como é feito o tratamento?
Raphael Lahr – Ele deve ser sempre cirúrgico para corrigir totalmente o defeito do assoalho pélvico e as lesões responsáveis pela incontinência urinária e fecal. Para isso, usamos telas feitas com um material sintético especial para recobrir todo o assoalho pélvico e, assim, fortalecer a região com menos músculos e onde se localizam os orifícios da uretra, vagina e reto.
Mas, mulheres idosas podem não ter condições clínicas ideais para o procedimento. Então, usamos aparelhos de borracha na forma de anéis, como se fossem diafragmas, que podem ser colocados dentro da vagina. Esses dispositivos resolvem o problema temporariamente, mas a estrutura rígida pode causar ferimentos na mucosa vaginal e aumentar o risco de desenvolvimento de infecções urinárias e genitais.
É possível prevenir?
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Raphael Lahr – Sim. Com atividades físicas regulares e evitando o ganho de peso em excesso é possível manter o assoalho pélvico fortalecido evitando esse tipo de alteração.

Sou uma mulher que acredita em Deus desde criança. Sempre sonhei em casar e ter filhos. Sou esposa e mãe, apaixonada por leitura e culinária. Founder do Mamãe & Cia.
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