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A loucura virou rotina com o vírus chinês – dia 29

a loucura virou rotina na quarentena _blog mamaeecia

A quarentena tem imposto tantos desafio que eu não consigo imaginar. São restaurantes que se reinventam, escolas inovam na educação, filhos que se adaptam à rotina de casa/escola; pais que tentam não enlouquecer com a mulher e o filho em casa e mães que surtam e recuperam-se a todo instante dessa loucura que virou a rotina de casa/marido/filho/trabalho. Sim, tudo isso já existia mas cada coisa tinha seu próprio lugar, agora está tudo junto e essa mistura muitas vezes fica tensa!

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Se as mães fossem jogadoras de futebol elas provavelmente seriam meio-campo. Ela é o equilíbrio da casa. Apazigua sempre que necessário, chuta a bola da organização do quarto para um filho, enquanto toca para a outra filha tirar o pó da sala e claro, a bola do mercado fica para o marido. Não funcionaria se ficasse no banco, apenas sinalizando as melhores técnicas para o time, porque apenas dizer o que fazer não é suficiente. E outra, eles não conseguem fazer todas as outras (milhares) de coisas que ela vê e faz.

A mulher tem uma visão ampliada para a sujeira e bagunça. As crianças nem reparam que elas saíram da mesa e derramaram bolo pela sala que tinha acabado de ser limpa. Ela tem a capacidade de organizar o almoço, enquanto já prepara o lanche da tarde das crianças porque sabe que depois não terá tempo disponível. Melhor é deixar pronto do que pirar no meio da reunião com filho pedindo comida. Quem olha de fora dificilmente consegue entender que loucura virou rotina. 

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Essa mesma mãe olha o post publicado no blog e pensa: “Encontrar paz e tranquilidade em meio essa loucura chamada dia? Impossível!” ou “Como ela não está pirando com o fato o home school?” Estranho, de que planeta essa blogueira veio mesmo? Rs! 

O perdão seja abundante na rotina

Viver um surto por vez é suficiente, não há como negar que nessa conciliação e desdobramentos em cada papel, haverão surtos. Seria muita hipocrisia nega a existência deles. O que não pode acontecer é ser consumida por eles. Frases negativas como: “sou a pior mãe do mundo” devem ser evitadas ou pejorativas e que denigrem a imagem das crianças saiam da sua boca não devem ser proferidas e muito menos deixar elas criarem raízes em seus pensamentos.

No livro Ah, se eu soubesse!, do autor Gary Chapman e Shanon Warden, aborda-se a questão do perdão e como muitas vezes os pais precisam ser humildes em reconhecer seus erros perante seus filhos. Acredito que nessa quarentena esse tem sido uma das grandes virtudes testadas. Pais que querem que seus filhos aprendam valores que carreguem para o resto de suas vidas começam a praticá-lo com mais frequência, afinal são 24 horas durante 7 dias na semana, sem interrupções.

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Isso é uma questão que se aprende na infância. Quando nossos pais costumavam pedir desculpas, perdão por seus erros, nós aprendemos com eles a reconhecer nossas falhas. Quando nós pedimos desculpas, perdão ou falamos que sentimos muito pela nossa reação com eles, é possível fazer a reconciliação e ainda ensinar a importância disso para o fortalecimento das relações humanas. Nenhum relacionamento cresce se não há perdão. Diferente do que muitos podem pensar, os pais não se tornam mais fracos quando reconhecem seus erros, ele se torna humano, humilde e exemplo.

‘Sejam sempre humildes e amáveis, tolerando pacientemente uns aos outros em amor.’ Efésios 4:2 NVT

Além disso, se ofereça o perdão. Pode parecer estranho se autoperdoar. Mas muitas vezes o parâmetro que temos de nós mesmo é tão alto e surreal que ninguém é capaz de alcançar, nem você mesma. Não digo para se subestimar, mas para aceitar o fato de que você não é perfeita, que vai surtar e está tudo bem. Você não é a única nesse barco.

Quando você olha para seu erro, pede perdão à Deus, ele lança o seu pecado no mar do esquecimento. Ele se esquece totalmente! Você é melhor do que Deus para não se perdoar? Eu tenho certeza de que não sou, aliás, graça e misericórdia é a coisa que mais preciso no dia a dia.
Vamos lá:

  1. Aceite seus surtos, eles vão acontecer de qualquer maneira;
  2. Peça perdão para Deus e receba de coração aberto;
  3. Perdoe-se
  4. Aprenda com seus erros para não repeti-los novamente;
  5. Não pire se repetir o erro —  volte ao passo 1. :D

 

‘Que outro Deus há semelhante a ti, que perdoas a culpa do remanescente e esqueces os pecados dos que te pertencem? Não permanecerás irado com teu povo para sempre, pois tens prazer em mostrar teu amor. Voltarás a ter compaixão de nós; pisarás nossas maldades sob teus pés e lançarás nossos pecados nas profundezas do mar. ‘ Miqueias 7:18-19 NVT

 

A loucura virou rotina no home school

O home school pode deixar muitos pais fora da casinha, de cabeção pirado e que pensam não ter capacidade para ensinar seus filhos o que é necessário. De fato: é um desafio a ser superado a cada dia. Uma trégua na própria lógica de pensamento, é necessário repensar de forma mais simples aquilo que na mente do adulto já é automático. 

Se uma pessoa te pergunta quanto é 2+2, nem preciso colocar o resultado que a resposta já salta na sua mente. Para a criança que está nessa fase de aprendizado escolar será necessário trazer concretude para o aprendizado, dois lápis de cor azul mais dois lápis de cor laranja, quantos lápis de cor você terá no total. Quando a criança visualiza a assimilação do conteúdo é mais fácil. 

O desafio dessa semana para nós foi escrever um texto narrativo de no mínimo três parágrafos. Eu que sou acostumada a expor ideias no papel é muito simples escrever, contudo como ensinar? O home school é uma loucura virou rotina e faz todos nós sairmos da zona de conforto onde apenas o professor em sala de aula explica como o aluno constrói o pensamento e o transcreve para o papel. Leva a pais a aproximarem de seus filhos e vivenciarem toda construção do pensamento até transformá-lo em um texto real e concreto diante dos seus filhos.

Desde que assisti o vídeo Mayin Malik (atriz do seriado Big Bang Theory) no qual ela explicou sobre o home school que aplica com seus filhos desde sempre fiquei muito pensativa. Ela aborda que nessa modalidade de ensino podemos ensinar as crianças aqueles conteúdos que queremos. Sim, temos um cronograma de estudos a serem seguidos e que a escola envia. Contudo, nos abre uma porta para ensinar outras coisas interessantes e importantes para a formação de cidadãos através do pensamento crítico e analítico. 

A quarentena afetou a todos, a rotina virou loucura, tudo em casa e ao mesmo tempo. O tempo não é totalmente delimitado, trabalha-se até mais tarde, entende-se o horário de almoço, limpa-se a casa às 7h, recebe abraços entre uma reunião ou outra.  De fato, olhar para o lado bom de tudo que aprende-se durante esses dias é cada vez mais vital às medida que o isolamento social se delonga.

E se a vontade de surtar for maior conte até 25 pausadamente, porque até 10 nunca é suficiente, rs! Se não funcionar ligue uma música alta e dancem para espantar toda irritação. Traga leveza para seus dias, lembre-se que você é o equilíbrio da casa!

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Diário de uma mãe em quarentena
1. O dia que parecia que não tinha fim – dia 12
2. A sociedade que não existirá mais – dia 13
3. Uma tempestade em dia de sol — dia 14
4. Nada como um dia após o outro – dia 15
5. Home school: desafio imposto pelo coronavírus – dia 16
6. O renovo de um abraço – dia 17
7. Como dispensar o tédio na quarentena? – dia 18
8. O motivo que nos fez sair de casa: vitamina D – dia 19
9. As dores do ócio na quarentena – dia 20
10. Uma arca chamada casa – dia 21
11. Esperança por dias melhores e a Páscoa – dia 22
12. Tradição que marcou a história da humanidade – dia 23
13. Profundas reflexões ou pirações de uma mãe em quarentena! – dia 24
14. Páscoa em família durante a quarentena – dia 26
15. Segunda-feira nossa de cada semana – dia 27
16. Quando circunstâncias preocupantes invadem a mente – dia 28
17. A loucura virou rotina com o vírus chinês – dia 29
18. 30 dias em quarentena e um novo normal – dia 30
19. As respostas que ninguém tem – dia 31
20. É possível se sentir livre e leve dentro de casa? – dia 32
21. A privação da liberdade não acabou – dia 33
22. Borbulhas – dia 34
23. Vassoura em busca do sindicato – dia 35
24. Aulas práticas de química na maternidade – dia 36
25. Jejum de palavras negativas – dia 37
26. Coisas simples da vida que fazem a diferença – dia 38
27. O olhar da janela: o que ele comunica para você? — dia 39
28. Quarenta dias de um diário de uma mãe em quarentena – dia 40
29. Paciência: a palavra da quarentena – dia 41
30. A brevidade dos nossos dias – dia 42
31. Dias e dias: os altos e baixos da quarentena – dia 44
32. Senhor avestruz e sua cara de paisagem – dia 48
33. Um dia exclusivo para as meninas – dia 53
34. Dia das Mães na quarentena – dia 54
35. Quando a falta de perspectiva bate na porta – dia 55
36. Desistir ou não, eis a questão? – dia 56
37. Detalhes contém um grande significado – dia 57
38. Peço licença para um pequeno desabafo – dia 58
39. Mozart e o poder do foco – dia 59
40. Sessenta dias em quarentena – dia 60

Quarta-feira, 15 de abril de 2020

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