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Senhor avestruz e sua cara de paisagem – dia 48

senhor avestruz-cara de paisagem

Às vezes eu gostaria de ser um avestruz. Aquele bicho que coloca a cabeça dentro de um buraco, sabe? Queria mesmo era fingir que não estou vendo a bagunça, as briguinhas, o lixo, a louça. Tem horas que seria ótimo, viu! Confesso que gostaria de  aparecesse o Serginho Malandro falando que essa história de COVID-19 e quarentena é mais uma das suas piadinhas sem graça.

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Mas não é! Enquanto tenho que lidar com duas crianças que discutem por conta de um brinquedo e me desconcentram do home office, há pessoas que precisam lidar com o luto de ter perdido alguém para o coronavírus. Faz o meu desejo de ser um avestruz tão frívolo que tenho até vergonha de expressar.

Hoje soube do primeiro caso de óbito por COVID-19 em minha cidade. Assusta pensar que agora não são apenas casos suspeitos e recuperados. Não é apenas na China, Itália ou nos Estados Unidos, está no quintal de casa. Parece que a qualquer momento serei surpreendida com algo que não é o que desejo para nossa família ou para os outros.

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Não posso ser um avestruz e fingir que nada disso é real. É preciso olhar para os conflitos e ensinar as crianças a resolverem entre si. Pegar o lixo e colocá-lo para fora. A louça não vai se lavar sozinha e nem a bagunça se organizar como num passe de mágica.

Não adianta soltar as rédeas dessa carroça, é preciso que toda família se una como um time e faça funcionar.

Senhor Avestruz, não adianta fazer cara de paisagem, não! 

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❤️ ❤️ ❤️

Ah, e só para título de curiosidade: esses animais não escondem a cabeça dentro de um buraco, não! Segundo uma matéria publicada na Revista SuperInteressante isso é pura lenda que se espalhou devido a dois fatores:

  1. Avestruzes costumam viver em meio a grama alta. Quando eles abaixam o longo pescoço para comer plantas e insetos, a cabeça, pequena, some no meio da vegetação. Quem vê de longe pensa que o bicho se enterrou.
  2. As mamães avestruz põem seus enormes ovos em buracos no solo, e abaixam a cabeça para girá-los durante a incubação. Quando uma fêmea sente um predador se aproximar, ela senta em cima dos ovos e abaixa a cabeça, para que seu corpo seja confundido, a distância, com uma pedra.
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Diário de uma mãe em quarentena
1. O dia que parecia que não tinha fim – dia 12
2. A sociedade que não existirá mais – dia 13
3. Uma tempestade em dia de sol — dia 14
4. Nada como um dia após o outro – dia 15
5. Home school: desafio imposto pelo coronavírus – dia 16
6. O renovo de um abraço – dia 17
7. Como dispensar o tédio na quarentena? – dia 18
8. O motivo que nos fez sair de casa: vitamina D – dia 19
9. As dores do ócio na quarentena – dia 20
10. Uma arca chamada casa – dia 21
11. Esperança por dias melhores e a Páscoa – dia 22
12. Tradição que marcou a história da humanidade – dia 23
13. Profundas reflexões ou pirações de uma mãe em quarentena! – dia 24
14. Páscoa em família durante a quarentena – dia 26
15. Segunda-feira nossa de cada semana – dia 27
16. Quando circunstâncias preocupantes invadem a mente – dia 28
17. A loucura virou rotina com o vírus chinês – dia 29
18. 30 dias em quarentena e um novo normal – dia 30
19. As respostas que ninguém tem – dia 31
20. É possível se sentir livre e leve dentro de casa? – dia 32
21. A privação da liberdade não acabou – dia 33
22. Borbulhas – dia 34
23. Vassoura em busca do sindicato – dia 35
24. Aulas práticas de química na maternidade – dia 36
25. Jejum de palavras negativas – dia 37
26. Coisas simples da vida que fazem a diferença – dia 38
27. O olhar da janela: o que ele comunica para você? — dia 39
28. Quarenta dias de um diário de uma mãe em quarentena – dia 40
29. Paciência: a palavra da quarentena – dia 41
30. A brevidade dos nossos dias – dia 42
31. Dias e dias: os altos e baixos da quarentena – dia 44
32. Senhor avestruz e sua cara de paisagem – dia 48
33. Um dia exclusivo para as meninas – dia 53
34. Dia das Mães na quarentena – dia 54
35. Quando a falta de perspectiva bate na porta – dia 55
36. Desistir ou não, eis a questão? – dia 56
37. Detalhes contém um grande significado – dia 57
38. Peço licença para um pequeno desabafo – dia 58
39. Mozart e o poder do foco – dia 59
40. Sessenta dias em quarentena – dia 60

Curioso, não é mesmo?

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