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Resistindo a chantagem emocional das crianças

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Qual é o filho que já não chegou para os pais com aquela cara de “gato do Shrek” pedindo “por favor, todo mundo vai menos eu!”. Resistir a chantagem emocional das crianças é uma tarefa um tanto complicada muitas vezes. Costumamos dizer aqui em casa que todo mundo é muita gente, quando nosso filho vem com essa para cima da gente. É uma maneira de quebrar o gelo e normalmente dizer não, logo em seguida, explicando que não somos todo mundo.

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Chantagem emocional

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Mas esse olhar de “João sem dono” é covardia, vamos combinar? Porque naquele momento você tem a real vontade de dizer sim e concordar com seja lá o que ele está pedindo. Aquela carinha deles é irresistível. Na verdade, não é nada simples manter a postura, é preciso lembrar o motivo do primeiro não e até mesmo contar com a ajuda do parceiro nessas horas. Porque se há equilíbrio na relação, e os pais falam a mesma linguagem com a criança, não haverá diferença e quando você resolver fraquejar, manda para o pai manter o não… rsrs.

Segundo a psicóloga Mara Lúcia Madureira, manha e birra são atitudes comuns das crianças, principalmente quando o que eles querem não é alcançado. Ela fala que a maneira como os pais lidam com a disciplina nos primeiros anos é determinante para o sucesso ou fracasso das futuras relações da criança, pois “é nos primeiros anos de vida que se ensina à criança como desenvolver autonomia, a lidar com frustrações, assumir a responsabilidade por seus atos”. Fonte: Vila Mulher.

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Segundo a psicóloga Maria Tereza Maldonado, as crianças aprendem desde muito cedo que algumas reações são eficientes do que outras na hora de ter um pedido atendido. “Um bebê, por mais novinho que seja, consegue entender que o choro, por exemplo, tem o poder de chamar atenção de todos à sua volta”, explica. Fonte: Mulher

Sentimento de culpa

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Eu costumo dizer que o sentimento de culpa é o inimigo da maternidade. Na nossa cabeça acreditamos que estamos fazendo da forma correta, mas se algo sai dos eixos, logo vem o alerta da “culpa”. Nos culpamos por amamentar pouco ou nada, nos culpamos pelo tipo de parto, nos culpamos pela cólica no bebê e até mesmo porque o cachorro da vizinha latiu. Pegamos uma carga de culpa que muitas vezes nem deveríamos carregar.

Esse sentimento é tão forte dentro da gente, que ele é o grande culpado de nós cedermos à chantagem emocional, quando nós bem sabemos que não deveríamos ceder.

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A psicóloga Tânia Zagury aponta que os itens mais comprados pelos pais são celulares, tablets e outros itens eletrônicos, que entretém a criança e tiram o peso da culpa das costas. “Comprando tudo que o filho pede, os pais tentam se livrar do peso causado pelas longas ausências em função do trabalho e da rotina corrida do dia a dia”, explica.

Por que dizer não à chantagem emocional

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Dizer “não” também é uma forma de educar. Por isso que acredito que ter claramente estabelecido os limites é importante, para as crianças e para os pais. Para as crianças porque elas já vão pedir sabendo que o não é bem provável que irão receber, mas aquela coisa, “não custa tentar”. Para os pais, ter isso definido de forma clara, vai apenas facilitar o trabalho ao explicar novamente o motivo pelo qual aquela situação é não.

Como a psicóloga Mara Lúcia Madureira é ensinar eles a lidarem com as frustrações. Talvez nós queremos isolar eles em uma bolha onde não há choro, nem frustrações e nem nós temos que lidar com as cansativas insistências deles.

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Fazer com que as crianças participem das contas da casa vai lhes trazer noção de dinheiro, administração e também da realidade financeira da família. Lembro de sentar com minha mãe na mesa de jantar para auxiliar ela no início do mês para saber se o valor do salário iria fechar com o fim do mês. Muitas vezes não pedi coisas para ela porque sabia que ela não teria condições. Outras eu tentei e outras nem precisei pedir, porque ela sabia da minha necessidade. Afinal de contas, ser pai é isso, não é?

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