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Isolamento social faz as crianças se machucarem mais na volta às aulas
A falta de interação com outras crianças e espaços diferentes interfere no desenvolvimento motor e é um desafio na readaptação
Após tanto tempo de escolas fechadas, o retorno das crianças, especialmente aquelas da educação infantil, mostra os efeitos do isolamento social. Na Interpares Educação Infantil, que atende alunos de 0 a 6 anos, foi notável o aumento dos tombos e pequenos acidentes.
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A coordenadora da escola, Caroline Brand, conta que as crianças retornaram ansiosas para explorar os ambientes, mas ao mesmo tempo apresentam inseguranças e dificuldades na interação com o espaço físico e com os amigos.
“As crianças são naturalmente exploradoras e querem subir, pular. Porém, notamos que estão mais receosas, contendo os próprios impulsos. Outro fato é o aumento dos tropeços e das quedas, que acreditamos serem resultado dos meses em isolamento social, quando não foi possível praticar essa relação do corpo com os espaços, seus limites, desafios e conquistas”, diz.
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Segundo a professora, a dependência dos pequenos com os adultos também está maior, com as crianças requisitando as professoras e funcionários com maior frequência do que o habitual. A opinião é endossada pela enfermeira Cynthia Veiga, da Vuelo Pharma, que percebeu o aumento dos pequenos acidentes, como queimaduras e escoriações, em virtude do isolamento.
“As queimaduras e escoriações em crianças normalmente acontecem em casa, são os clássicos acidentes domésticos, mas nesse momento também podem acontecer nas escolas. É preciso que os responsáveis tenham atenção redobrada, já que machucados mais graves podem até comprometer o desenvolvimento da criança”, explica.
As crianças têm alta capacidade de se adequar a diferentes situações, por isso é interessante que os responsáveis estimulem a interação em ambientes fora da residência, desde que seguindo os cuidados sanitários.
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“O desenvolvimento neural das crianças precisa ser estimulado. Recomendo levar a parques diferentes, praças em que os pequenos não estão acostumados, tudo para ajudar na expansão dos movimentos corporais e da consciência neste momento em que ficam fechados em casa a maior parte do tempo”, conta Caroline.
Segundo a enfermeira Cynthia Veiga, além do estímulo aos movimentos, é preciso atenção redobrada com os cuidados. “Recomendo que os pais e as escolas mantenham um kit de primeiros socorros, principalmente agora em que os hospitais passam por um momento conturbado. Alguns produtos podem ser cruciais no momento de um acidente”, avalia.
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O kit de primeiros socorros ideal precisa ter algodão, atadura, antisséptico em spray, bolsa térmica, cotonetes, Dipirona, esparadrapo ou micropore, gaze estéril, Membracel – um curativo de celulose que regenera a pele em tempo recorde e diminui a dor, ideal para queimaduras e escoriações -, Paracetamol, soro fisiológico 0.9%, termômetro e tesoura.
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