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História de família: objetos e relatos reforçam identidade das crianças

Confira cinco dicas de atividades para realizar com toda família e estimular os laços de pertencimento

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Quando se fala em fontes históricas, talvez venha à mente livros históricos e documentos antigos que recontam o passado. Mas aquele primeiro aparelho celular esquecido na gaveta, as fotos de família e a tesourinha de bordado que passa de geração em geração são fontes históricas tão ricas como os itens preservados em museus.

Todos os anos, em Curitiba (PR), crianças entre 9 e 10 anos aprendem sobre os laços de pertencimento de suas famílias e também sobre respeito ao passado e à diversidade na prática. Os estudantes, que estão no 4º ano do Ensino Fundamental do Colégio Marista Anjo da Guarda realizam uma verdadeira  “caça aos tesouros” dentro de casa, conversando com familiares e investigando os objetos mais antigos de suas casas para montar uma exposição chamada: “Museu de Fontes Históricas”. Durante a pandemia, a exposição virou virtual, mas ainda assim com interação entre os professores e as turmas.

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Durante uma semana, os alunos organizam suas fontes, cuidadosamente pesquisadas, em forma de exposição e assim, além de se aprofundarem em suas próprias histórias, também conhecem a trajetória dos colegas e diferentes antepassados. Na opinião da coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Anjo da Guarda, Celize Ogg, a exposição é o resultado rico do trabalho de pesquisa das crianças. “Ao se tornarem protagonistas desta investigação, coisas que antes pareciam não ter graça ou utilidade ganham vida e as histórias de família ganham outro brilho”, explica. O primeiro passo, segundo ela, é estabelecer e reforçar os laços familiares e de pertencimento à medida em que os estudantes vão conhecendo mais de sua própria história. E a segunda,  valiosa experiência é quando eles observam os objetos e relatos dos colegas e percebem que todos têm histórias diferentes e que devem aprender a conviver e respeitar as diferenças. “Assim como temos muitas diferenças, também é possível traçar muitos paralelos, pois as histórias familiares se misturam umas às outras. Nossas diferenças são o que nos tornam tão semelhantes”, pondera Celize.

E na sua casa, quais são os tesouros e fontes históricas? A coordenadora listou cinco sugestões de atividades para realizar em família:

– olhar os álbuns de fotografia com um olhar histórico é muito divertido. Observar quais eram as roupas da época, como eram os cortes de cabelo, os óculos escuros e muito mais. Notar como eram os pais, tios e avós quando mais jovens. Fotos de cidades ou bairros podem ser comparadas com a atualidade para entender o que mudou e o que ainda continua igual.

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– objetos nem tão antigos assim podem contar diversas histórias. Objetos eletrônicos como aparelhos celulares, máquinas fotográficas, TVs e rádios mostram a rápida evolução pela qual passamos nos últimos anos. As crianças podem não acreditar que há pouco mais de dez anos atrás a internet não era tão popular, por exemplo. Wi-fi então? Nem pensar.

– conversar com familiares como tios e avós, por exemplo, pode ser uma bela exploração histórica. Quais foram as suas aventuras? Como se conheceram, ou como desenvolveram algo que é importante para a família até hoje, são histórias que sempre fazem brilhar os olhos de quem conta e marca para sempre que ouve e certamente passará adiante.

– explorar lugares incomuns como a cozinha ou o armário de roupas pode levar a histórias interessantes. Na cozinha dos avós geralmente há utensílios cheios de histórias e receitas que marcaram uma determinada época. E nos armários pode haver peças há muito estão sem uso, mas que estão repletas de causos interessantes.

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– os pequenos podem visitar a sua própria história revendo fotos, brinquedos e recordações para reforçar o senso de pertencimento e protagonismo.

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