A gravidez é um período transformador, repleto de desafios e mudanças. Muitas vezes, as dificuldades…
Falha de FIV: entenda por que pode ocorrer e o que fazer
A infertilidade é um problema que atinge tanto homens quanto mulheres em idade reprodutiva, e pode ser considerada após 12 meses de tentativas sem sucesso de engravidar. Doenças e alterações anatômicas são alguns dos grandes responsáveis pela dificuldade em alcançar a gravidez.
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Mas, ainda que encontrem dificuldades, essas pessoas podem, sim, ter uma gestação, uma vez que existem técnicas avançadas na medicina reprodutiva capazes de auxiliar nesse processo. O ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, dr. Marcos Sampaio, relembra que diversos casos podem ser tratados e resolvidos por meio da reprodução assistida, que conta com três técnicas principais: a relação sexual programada (RSP), a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV). “Cada uma possui uma complexidade diferente e métodos distintos, realizados para auxiliar casais com problemas de infertilidade”, explica.
Todavia, mesmo com chances altas de sucesso, a reprodução assistida não garante a gravidez. “Fatores como a idade da mulher e problemas no endométrio podem interferir no resultado do procedimento. Porém, felizmente, existem algumas técnicas complementares, principalmente na FIV, que são capazes de aumentar as chances de sucesso no tratamento e evitar essas falhas”, complementa.
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A seguir, Sampaio esclarece algumas prováveis causas de falhas na FIV, quando elas acontecem e como podem ser evitadas no tratamento.
Como a FIV é realizada?
A FIV é uma das técnicas de reprodução assistida realizada tanto para fatores de infertilidade masculina quanto feminina. De acordo com o médico ginecologista, é o método de maior complexidade, com altos índices de sucesso, sendo todas as suas etapas desenvolvidas em laboratório. “É feita em cinco etapas principais: a estimulação ovariana, punção ovariana e coleta dos espermatozoides, fecundação, cultivos dos embriões e transferência embrionária. É a técnica mais indicada atualmente, principalmente em casos mais graves de infertilidade, como distúrbios de ovulação, endometriose, ausência de espermatozoides, infertilidade sem causa aparente (ISCA), entre outros”, destaca.
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Quais as possíveis causas para a falha na FIV?
Ainda que seja a técnica com maiores números de resultados positivos no tratamento, Sampaio aponta que a FIV também está sujeita a falhas no procedimento e elas podem ocorrer por diversos fatores.
“A idade da mulher é um dos principais fatores de influência nas falhas do tratamento. Quanto mais avançada a idade, menor é a chance de gravidez, pois a qualidade dos óvulos é essencial no processo e ela acaba sendo comprometida com o passar do tempo. Mulheres com problemas no endométrio também correm o risco de falhas na FIV, uma vez que ele é essencial para o processo. É nessa camada de tecido do útero que o embrião realiza a implantação e se fixa para iniciar o desenvolvimento do feto”.
Fatores masculinos
Sobre os fatores masculinos, o médico destaca os danos ao DNA espermático. “Esses fatores, quando identificados por exames complementares, podem ser tratados de forma adequada para que o procedimento possa ser feito novamente”.
Segundo o ginecologista, a qualidade embrionária também é um fator fundamental para o sucesso no tratamento, pois pode causar a falha de implantação em alguns casos, um dos maiores causadores da falha na FIV. “Existem formas de avaliar essa questão antes de realizar a transferência embrionária, como o cultivo dos embriões por um tempo maior no meio de cultura ou mesmo a troca dos gametas”, complementa. Para ele, além da qualidade embrionária, é importante que exista uma boa interação entre embrião e endométrio para que a implantação aconteça.
Doação de gametas é considerada quando a sua qualidade é comprometida e pode atrapalhar o tratamento, por isso a opção pelo banco de doações pode ser viável nesses casos, já o útero de substituição é indicado quando a mulher passa por problemas que impeçam a implantação.
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Marcos destaca, ainda, que exames também são capazes de identificar possíveis doenças ou alterações que atrapalhem o processo de reprodução assistida, como a ultrassonografia transvaginal, histerossalpingografia, histeroscopia e a ressonância magnética. “É preciso um acompanhamento preciso e completo para identificar as causas da infertilidade, seja ela da mulher ou do homem, e propor o tratamento adequado. Felizmente, os avanços da medicina reprodutiva tornam cada vez mais raras as falhas no procedimento”, finaliza.
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