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Cheque especial pode ser a ruína financeira de diversos brasileiros
Fábio Ieger, CEO da startup iCertus, revela como a modalidade de crédito funciona, além de pontuar as principais desvantagens em comparação a outros sistemas de empréstimo
Diversos brasileiros, em algum momento de suas vidas financeiras, passam por dificuldades relacionadas ao cheque especial de seus bancos, também conhecido como limite pré-aprovado. Essa modalidade de crédito é um dos principais motivos de endividamento no Brasil.
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Esse limite pré-aprovado trata-se de um valor disponibilizado por instituições financeiras no momento da abertura da conta corrente, mesmo que o cliente não tenha solicitado o serviço.
Dados levantados pela Confederação Nacional de Comércio (CNC), revelam que mais da metade da população brasileira já esteve inadimplente por conta de juros do cheque especial e outros serviços bancários.
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De acordo com Fábio Ieger, CEO da iCertus, startup que oferece uma série de serviços voltados para a gestão de micro e pequenas indústrias, com destaque para a área de crédito, existem algumas razões para que o número de pessoas que recorrem ao cheque especial seja tão grande. “Ao que tudo indica, a grande maioria das pessoas utiliza o serviço por conta da praticidade e pela facilidade de acesso. No entanto, existem diversas armadilhas na hora da contratação, principalmente relacionados aos juros extremamente abusivos”, pontua.
Muitos micro e pequenos empreendedores costumam usar esse crédito disponível na conta corrente, mas é importante analisar as opções antes de utilizar esse recurso. “Embora o acesso ao cheque especial seja mais prático e não dependa de análises tão complexas e burocráticas, ele ainda é um tipo de empréstimo. Portanto, é importante estudar outras opções que podem ser mais viáveis antes de efetivar o uso de crédito nessa modalidade”, revela o empresário.
O CEO da iCertus explica como funciona o sistema de tributação no cheque especial dos bancos brasileiros. “Se existir a necessidade de utilizar o cheque especial para resolver alguma emergência e o cliente não pagar dentro do prazo estipulado pela sua instituição bancária, os juros cumulativos podem ultrapassar a marca de 300% ao ano, tendo em vista que, na maioria dos casos, os bancos cobram taxas de 25% ao mês. A efeito comparativo, um empréstimo com garantia de imóvel, que reduz as taxas de juros, cobra em média 11% de juros ao ano. Justamente por contar com taxas tão altas, grande parte da população já esteve ou está endividado nessa categoria”, relata.
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Para Ieger, a falta de clareza e avisos na contratação de serviços contribuem para este cenário. “No fim, quem acaba pagando o preço é quem mais precisava de suporte”, lamenta.
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A iCertus, empresa comandada pelo próprio Fábio Ieger, desenvolveu um sistema que pode auxiliar gestores e empreendedores a organizarem suas finanças e encontrarem soluções que minimizem os gastos com juros e tributações. “Temos a missão de fortalecer o crescimento de pequenos empreendimentos e para isso desenvolvemos nosso software ERP que traz diversas funcionalidades que auxiliam o microempresário. Nesse sistema, é possível antecipar pagamentos em poucos cliques, com taxas a partir de 0,5% ao mês. Com a antecipação de recebíveis, as empresas deixam de depender de condições abusivas das grandes instituições, desenvolvendo a operação do seu negócio com base no seu volume de vendas e crescimento próprio”, finaliza.
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