A quarentena chegou e tirou tudo dos eixos, ou seria melhor dizer reorganizou tudo? Não…
A brevidade dos nossos dias – dia 42
Talvez você já tenha reparado que o texto do diário de uma mãe em quarentena é bem livre, sem regras de dizer que fiz ou deixei de fazer. Quando quero compartilho aqui de coração as coisas que acontecem e marcam o meu dia. A verdade é que esse diário fala muito sobre as incertezas, inseguranças, alegrias e desafios de uma mãe que vive esse período de isolamento social e que reflete sobre a brevidade dos nossos dias na face da terra.
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Reparei que se não fosse pelo registro que é feito diariamente aqui, provavelmente eu teria esquecido as coisas que vivemos nesses dias. Aqui há relatos de medo e insegurança, outros sobre a simplicidade do dia a dia. Certamente, não iremos experienciar um episódio como esse enquanto estivermos vivas (até porque o último havia sido há 100 anos). Mas ainda assim ele nos deixa introspectivos a ponto de analisar a brevidade das nossas vidas.
Notei também que os dias passam voando, o tédio já não existe mais como aconteceu em alguns dias no início da quarentena. Talvez eu tenha colocado a vida em um novo piloto automático. Antes o desacelerar veio por conta da reclusão e da adaptação necessária para os dias que viveríamos. Agora, a vida encontrou um novo ritmo e já é possível dançar conforme ele.
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Há pontos positivos diante disso e um deles é que nos ajustamos a quebra da rotina, descobrimos uma nova que funciona. Contudo, o que nos fez repensar muitas coisas começa perder a força à medida que o piloto automático toma o controle das horas do dia.
Isso mostra nos números atualizados de domingo para segunda-feira, são 500 novos casos de COVID-19 em Santa Catarina. Um dos primeiros estados a tomar providências de isolamento social, aos poucos começou a liberar o retorno às atividades de forma gradual, e esse surto dá a impressão de que as pessoas se cansaram das “férias” (porque era assim que muitas viam esse período) e voltam a viver a vida como se nada estivesse acontecendo.
Em contrapartida, recebo no grupo de WhatsApp que o prefeito de Curitiba/PR prorrogou a suspensão das aulas para agosto. Levo um choque de realidade e vou verificar se há alguma posição por parte do Conselho Nacional de Educação (que eu sabia que se reuniria hoje), mas a única novidade que encontrei é que as aulas on-line contarão para a conclusão do ano letivo. Não sossegada com as informações brasileiras, recorro às buscas internacionais para saber o posicionamento de países como a Itália e Espanha. Os italianos preveem o retorno apenas para setembro, já os espanhóis acreditam que em junho será possível retornar às aulas presenciais.
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O que me resta é dormir mais um dia refletindo sobre a brevidade dos nossos dias, porque eles se mostram cada vez mais incertos e como uma pessoa na live falou: Vamos viver um dia de cada vez. Reconheço que entregar todas minhas dúvidas, medos e inseguranças nas mãos de Deus é a melhor alternativa, agradecer por ter casa, trabalho, família, saúde e mais um dia de vida e também pedir graça e misericórdia sobre o dia de amanhã. Sim, a ideia ainda é manter a esperança porque se focarmos apenas nas notícias ruins iremos desmoronar aos poucos até que não sobre mais nada de nós mesmos.
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30.
A brevidade dos nossos dias – dia 42
Terça-feira, 28 de abril de 2020
Sou uma mulher que acredita em Deus desde criança. Sempre sonhei em casar e ter filhos. Sou esposa e mãe, apaixonada por leitura e culinária. Founder do Mamãe & Cia.
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