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30 dias em quarentena e um novo normal – dia 30

30 dias em quarentena - stay home

Estamos a 30 dias em quarentena. Dá para acreditar nisso? Quando comecei a escrever esse diário, confesso que esperava que tudo isso fosse acabar na Páscoa. Eu assisti filmes o suficiente para acreditar em mágica, rs! Agora veio à mente a cena de Game of Thrones: “You don’t know nothing, Jon Snow!

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Em 2001, a queda do World Trade Center foi um momento que o mundo parou e sofreu junto com os EUA, lamentou as mortes, sentiu insegurança e conviveu com a política restritiva. Em 2004, o tsunami na Tailândia e depois em 2018 no Japão. Nunca tínhamos presenciado um, quanto mais dois tsunamis em tão pouco tempo. A humanidade afligiu-se diante de tantas circunstâncias que fugiram do controle de suas mãos.

Estamos diante de mais um acontecimento que traz à tona sentimentos de incertezas, medo, pânico e inseguranças. Enquanto os governadores procuram conscientizar a população com medidas de prevenção como o uso de máscaras e para que fiquem em casa, é preciso lutar para que a economia não entre em colapso. Essa dualidade deixa a todos confusos, precisamos de saúde para trabalhar ao mesmo tempo que precisa-se do trabalho para obter sustento. 

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Hoje faz 50 dias que foi detectado o primeiro caso de coronavírus no país. O G1 fez uma tabela comparativa de casos e mortes entre vários países como Alemanha, Estados Unidos, Itália e Espanha. Qual era a realidade deles no momento que nós estamos vivendo. Confesso que fiquei preocupada. Não fico de olhos nas notícias porque há uma infinidade delas sendo muitas falsas. E como escrevo para cá não posso estar alienada do que acontece no mundo, no Brasil e em Santa Catarina, porque tudo nos impacta, direta ou indiretamente.

Três pontos reflexivos sobre esses 30 dias de quarentena:

  • Há um novo normal após 30 dias em quarentena

Não sabemos por quanto tempo nos manteremos dessa forma. Países que não se isolaram rapidamente o vírus se mostrou sem piedade, então devemos preservar a saúde dos nossos familiares e a nossa também. O novo normal é viver em família 24 horas por dia sete dias na semana. Trabalhar a partir de casa ou inventar uma renda extra para ter como pagar as contas. Ensinar nossos filhos o conteúdo escolar com toda paciência e inexperiência que temos. Aprender a controlar nosso apetite e fazer as refeições somente nas horas certas. Criar uma rotina que funcione para a família.

  • O mundo que nós conhecíamos mudou

A natureza foi completamente afetada pela falta da nossa rotina workaholic. Ela voltou a vibrar e a demonstrar o seu poder e majestade. O Himalaia que não era visto à uma distância de 200 km alegrou os olhos de quem está a esse intervalo dele. Os animais que invadiram as cidades, os rios e o ar que estão mais puros. Além disso, a economia afetada foi transformada. Restaurantes que antes o atendimento era somente presencial agora fazem entregas. Compras on-line se tornaram o novo normal. O contato humano também será diferente: você nunca mais vai cruzar com as pessoas e não ter consciência de que ela pode estar contaminada com algo que você trará para sua casa.

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  • Tudo começa com Deus

A leitura que abriu o ano de 2020 para mim foi do livro Uma vida com propósito de Rick Warren. O primeiro capítulo aborda fala justamente isso: Tudo começa com Deus, tudo é feito por ele e para ele. O ser humano não foi feito para ser idolatrado e quantos de nós completamos a frase “ Eu adoro________” com alguma pessoa ou coisa. Ao utilizarmos dessas palavras estamos tirando Deus do seu trono soberano de nossas vidas. Estamos indo ao contrário do que sua Palavra pede em Mateus 6:33: “Busquem, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão dadas.” 

Warren diz que Deus não é apenas o ponto de partida de nossa vida: é a fonte dela. Para descobrir seu propósito de vida você deve recorrer à Palavra de Deus; não à sabedoria do mundo. Edifique a vida sobre verdades eternas; não sobre psicologia popular, histórias inspiradoras e estímulos para alcançar o sucesso – p.25. Um pouco mais adiante no livro ele fala que “uma vida dirigida por propósito conduz-nos a um estilo de vida mais simples e uma agenda mais saudável” p.39. Não é exatamente isso que temos vivido nos últimos 30 dias de quarentena?

 

Uma agenda mais flexível que nos permite receber abraços e carinhos às 15h, almoçar olhando nos olhos da nossa família, brincar e contar histórias antes de dormir? Uma vida mais simples que nos permite usar e repetir as roupas sem nos preocuparmos com o que os outros vão pensar. Não precisamos usar maquiagens para disfarçar aquelas manchinhas que a gravidez nos deixou de presente. 

De fato, fomos empurrados para essa nova realidade e estamos digerindo aos poucos tudo que acontece em nosso lar. Frases atravessadas, rotinas de estudos que não estamos acostumados, praticar home-office e viver uma espécie não declarada de alta produtividade quando na realidade não conseguimos praticar isso.

Estamos em modo slow – desacelerados, vivendo com mais leveza, pensando no pão nosso de cada dia, sendo gratos por tudo que Deus nos dá e faz em nossas vidas. Sendo transformados a cada abrir de olhos. 

Esses dias, não lembro bem quando, olhei nos olhos do meu filho e disse que ele não tem culpa do tal do coronavírus estar no mundo, mas que precisamos lutar para que ele vá embora o mais rápido possível. E a maneira que fazemos isso é estar em casa e estudar o conteúdo que a professora enviar, para que quando tudo voltar ao normal possamos estar preparados.

Haverá um voltar ao normal? Essa é uma pergunta que tenho feito: será que após esses  período mínimo de 30 dias em quarentena estou preparada para o velho normal? 

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Diário de uma mãe em quarentena
1. O dia que parecia que não tinha fim – dia 12
2. A sociedade que não existirá mais – dia 13
3. Uma tempestade em dia de sol — dia 14
4. Nada como um dia após o outro – dia 15
5. Home school: desafio imposto pelo coronavírus – dia 16
6. O renovo de um abraço – dia 17
7. Como dispensar o tédio na quarentena? – dia 18
8. O motivo que nos fez sair de casa: vitamina D – dia 19
9. As dores do ócio na quarentena – dia 20
10. Uma arca chamada casa – dia 21
11. Esperança por dias melhores e a Páscoa – dia 22
12. Tradição que marcou a história da humanidade – dia 23
13. Profundas reflexões ou pirações de uma mãe em quarentena! – dia 24
14. Páscoa em família durante a quarentena – dia 26
15. Segunda-feira nossa de cada semana – dia 27
16. Quando circunstâncias preocupantes invadem a mente – dia 28
17. A loucura virou rotina com o vírus chinês – dia 29
18. 30 dias em quarentena e um novo normal – dia 30
19. As respostas que ninguém tem – dia 31
20. É possível se sentir livre e leve dentro de casa? – dia 32
21. A privação da liberdade não acabou – dia 33
22. Borbulhas – dia 34
23. Vassoura em busca do sindicato – dia 35
24. Aulas práticas de química na maternidade – dia 36
25. Jejum de palavras negativas – dia 37
26. Coisas simples da vida que fazem a diferença – dia 38
27. O olhar da janela: o que ele comunica para você? — dia 39
28. Quarenta dias de um diário de uma mãe em quarentena – dia 40
29. Paciência: a palavra da quarentena – dia 41
30. A brevidade dos nossos dias – dia 42
31. Dias e dias: os altos e baixos da quarentena – dia 44
32. Senhor avestruz e sua cara de paisagem – dia 48
33. Um dia exclusivo para as meninas – dia 53
34. Dia das Mães na quarentena – dia 54
35. Quando a falta de perspectiva bate na porta – dia 55
36. Desistir ou não, eis a questão? – dia 56
37. Detalhes contém um grande significado – dia 57
38. Peço licença para um pequeno desabafo – dia 58
39. Mozart e o poder do foco – dia 59
40. Sessenta dias em quarentena – dia 60

Quinta-feira, 16 de abril de 2020

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