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Como tirar as fraldas do bebê

Oi meninas, achei essa reportagem e achei super legal, pelo menos eu sempre tinha duvidas de quando e como tirar a fraldas.. achei minhas respostas, espero que voces gostem!!!

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Beijos

A hora certa de tirar as fraldas

Identificar o momento em que o bebê está pronto para treinar o uso do banheiro é o primeiro passo para ter sucesso nessa empreitada sem ficar louca

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Fonte: Revista Claudia Bebe por Deborah Kanarek

Por mais que as mamães não vejam a hora de se livrar da maratona da troca de fraldas, ironicamente, o jeito mais rápido (e eficiente) de atingir esse objetivo envolve muita paciência, tolerância e nada de pressa. “Ninguém tenta fazer uma criança de 9 meses andar, porque sabe que ela não tem o controle neurológico e o equilíbrio necessários. O mesmo vale para o uso do banheiro. É inútil tirar a fralda de um bebê que ainda não possui controle dos esfíncteres nem dominou medos como o de sentar na privada, por exemplo”, compara o pediatra Renato Lopes de Souza, da Unifesp.

Se o bebê não está maduro, a transição é cheia de retrocessos, gerando frustração para a mãe e para a criança. “A tentativa de acelerar o processo também pode trazer seqüelas emocionais e predispor à instalação de quadros de prisão de ventre, enurese e encoprese – a incapacidade de controlar, respectivamente, o xixi ou o cocô” , alerta Vera Koch, chefe da nefrologia pediátrica do Instituto da Criança, em São Paulo. Para você dar conta do recado, sem medo, confira a seguir as recomendações desses dois especialistas.

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Quando começar

Não existe uma idade certa para a retirada das fraldas. Em geral, por volta dos 2 anos, a criança já atingiu o amadurecimento neurológico, motor e emocional necessário para usar o peniquinho. Mas essa maturidade pode demorar mais sem que isso signifique problemas. Estudos indicam, inclusive, que bebês que iniciam mais tarde esse treinamento levam menos tempo para conseguir o controle. O importante é estar atenta aos indícios de que o seu filho está pronto. É um bom sinal, por exemplo, se ele consegue permanecer por intervalos de duas a três horas sem molhar a fralda, se avisa que quer fazer xixi ou cocô (ou que acabou de fazer) e se mostra desconforto com a fralda suja.

Essa foi a receita de sucesso da professora universitária Christiana Checchia Saito, de 39 anos, mãe de Lorena, de 2 anos e 11 meses. “Com pouco menos de 2 anos, minha filha já pedia para trocar a fralda quando fazia cocô. Marquei os horários dos pedidos e a colocava no peniquinho um pouco antes. Três meses depois, ela já começou a avisar também quando tinha molhado a fralda e iniciamos o treino do xixi” , conta a mãe. Para evitar pressões, os pais inventaram uma brincadeira. Se a menina dissesse que tinha vontade de fazer xixi, começava uma divertida corrida, com mãe, pai ou quem estivesse por perto, para chegar primeiro ao banheiro. Deu certo e agora Christiana está esperando o momento de tirar a fralda da noite. “Tentei uma vez e não funcionou. Minha filha ainda toma uma mamadeira inteira de leite antes de dormir e tem muita sede à noite. Assim que eu conseguir diminuir a quantidade de líquido, experimentarei de novo” , diz ela.

Respeito às diferenças

Não existe padrão também em relação a que treinamento iniciar primeiro. A maioria das crianças tem mais facilidade para controlar o cocô, mas algumas começam com o xixi ou com os dois ao mesmo tempo. As preferências da criança devem ser respeitadas também em relação ao uso do peniquinho ou do redutor de assento. O ideal é testar os dois e ver com qual seu filho se adapta melhor. O redutor tem a vantagem de dispensar manutenção e seduzir aqueles que gostam de se sentir crescidinhos. Já o penico pode ser de um modelo divertido e funcionar como um estímulo extra, além de proporcionar uma sensação de segurança maior durante o uso. O medo do vaso sanitário é freqüente entre os pequenos e não deve ser desprezado.

Treinamento de sucesso

Persistência e ênfase na rotina são fundamentais. Não esqueça que a transição precisa acontecer simultaneamente nos vários ambientes que a criança freqüenta. Então, quando for iniciar o treino, combine o passo-a-passo com a escolinha e com os avós. E resista à tentação de voltar às fraldas nos finais de semana.

  1. A maioria das crianças tende a fazer xixi ou cocô cerca de uma hora após as refeições. Se for o caso do seu filho, coloque-o sentado no peniquinho nesses momentos. A recomendação vale para meninos e meninas – só mais tarde, quando o garoto completar o aprendizado, ele deve ser estimulado a ficar de pé para urinar, imitando o pai e coleguinhas.
  2. Transforme a hora do penico em um momento prazeroso. Leia uma história, invente um jogo ou cante, tudo isso ajuda a relaxar a musculatura pélvica.
  3. Se o pequeno conseguir, elogie-o dizendo que está orgulhosa. Caso nada aconteça depois de uns dez minutos ou a criança der mostras de impaciência, recoloque a fralda e incentive-a pela tentativa. A idéia é habituá-la a sentar no peniquinho antes de tirar a fralda.
  4. Alguns especialistas recomendam repetir esse ritual a cada duas horas. Outros acham melhor incentivar o bebê a reconhecer sozinho a sensação de bexiga cheia, pois isso facilita o treinamento noturno. Converse com seu pediatra a respeito e, claro, fique atenta àqueles sinais típicos de “aperto” – como caretas e inquietude – para levar o filho a tempo ao banheiro.
  5. Quando perceber que a criança já está no controle da situação, passe para a calcinha ou a cueca. Existem fraldas de treinamento, com laterais elásticas, que ela própria consegue baixar.
  6. Caso seu bebê tenha intestino preso, reforce a oferta de frutas e cereais para que o ato de evacuar não se transforme em uma experiência dolorosa.
  7. Recaídas são inevitáveis. Diante delas, mantenha a calma e diga algo do tipo “escapou, mas da próxima vez sei que você tentará avisar antes” . Cuidado para não valorizar demais o incidente, porque o pequeno pode achar que vale a pena fazer xixi nas calças para chamar a atenção. E, principalmente, jamais humilhe a criança: além de prejudicar a auto-estima dela, essa atitude pode levar a problemas como constipação.

A fralda da noite

Esse treinamento costuma ser um pouco mais complicado, pois exige muitas horas seguidas sem ir ao banheiro. A primeira tentativa pode ser feita cerca de seis meses depois que o controle do dia estiver perfeito, desde que a mãe note que a fralda noturna amanhece sequinha com freqüência. Até os 5 anos, é normal fazer xixi na cama e uma tática que muitas mães usam é a de acordar durante a noite para levar o pequeno dorminhoco ao banheiro. A administradora de empresas Adriana Domingues, de 38 anos, mãe de Ricardo, de 7 anos, e de Lorena, de 4 anos, passou um ano colocando o despertador de madrugada para levar o filho ao banheiro. “Comecei quando o Ricardo tinha uns 3 anos, mas depois de alguns meses desisti. Retomei o processo aos 5 anos, quando ele próprio perguntava se tinha acordado sequinho, pois já queria dormir na casa dos amigos” , conta. Como regra, adote protetor de colchão evite excesso de líquidos após o jantar e habitue seu filho a ir ao banheiro antes de deitar.

Entenda o momento

Para toda criança, a retirada da fralda traz uma sensação de perda, como se ela percebesse que sua condição (e vantagens) de bebezinho estivesse ameaçada. É por isso que os psicólogos recomendam que os pais sejam cuidadosos ao estimular a ida ao banheiro e não demonstrem nojo em relação ao xixi e ao cocô do bebê. A consultora de feng shui Lia Mara Laureano Rodrigues, de 37 anos, mãe de Rafael, de 3 anos, lembra que, nas primeiras semanas, era comum vê-los correndo até a privada para dar um efusivo tchau para o cocô. Pode parecer estranho e Lia confessa que se sentia um pouco ridícula nesse papel, mas o teatro, dizem os especialistas, ajuda os pequenos a se acostumarem à idéia de que o lugar do cocô é na privada.

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A sensação de perda que naturalmente acompanha esse aprendizado é o motivo também pelo qual não se deve iniciá-lo em momentos considerados críticos. “Mesmo crianças que já tiraram a fralda podem voltar a molhar a roupa diante do nascimento de um irmão, da separação dos pais, de uma mudança de casa ou de babá, da entrada na escola ou até da troca do berço pela cama”, explica Ana Cássia Maturano, psicóloga especializada em problemas da aprendizagem, de São Paulo. Também em casos assim, é melhor esperar do que correr o risco de que um aprendizado tão importante para a independência do seu filho se transforme em uma batalha doméstica.

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